Meio século depois, Brasil começa a reverter desigualdade
econômica da ditadura
O Índice de Gini, que mostra o nível da concentração de
renda no país e que, quanto mais perto de zero, mais igualitária é a sociedade,
voltou atualmente aos 0,500 nos rendimentos de todos os trabalhadores, o mesmo
índice de 1960 captado pelo Censo Demográfico. Em 1970, a taxa já tinha subido
para 0,56; em 1980 para 0,59; e em 1991 para 0,63. A queda só começou a
acontecer sistematicamente no Século XXI.A chaga da desigualdade manchava o
Milagre Econômico. O Gini hoje no Brasil ainda é alto, está entre os dez mais
altos do mundo. Os preços relativos da força de trabalho na época perderam para
todos os outros fatores da economia: Salário era o único ativo da camada mais
baixa na estrutura de renda. A política econômica na ditadura, pelo menos até meados
dos anos 70, foi implementada com o claro objetivo de estimular o crescimento.
Mão de obra barata era parte importante da equação porque garantia custo baixo
para investidores.
O salário mínimo foi o instrumento. A indexação funcionava
com múltiplos do mínimo. O valor de R$ 724 ainda é menor que o do início de
1964, que ultrapassava mil reais, e do pico dos anos 1950. Em fevereiro de
1964, João Goulart dá um forte aumento para o mínimo. Mas ainda estamos
recuperando valores dos anos 1950. Estamos hoje perto dos de 1962.A abertura
democrática mostra esses efeitos paulatinos sobre a distribuição, que ficam
mais fortes depois de 2000. Ele afirma que 70% do crescimento da renda entre
1960 e 1970 foram apropriados pelos 10% mais ricos da população: O período
militar apenas agravou (a desigualdade).
Albert Fishlow, de 1972, professor emérito da Universidade
de Columbia, que constatava esse salto na direção da concentração de renda.Corrigia-se
o salário real médio dos últimos 24 meses, somava-se taxa de produtividade e
uma parte da expectativa de inflação. Só que as previsões sempre eram bem
menores que a subida real dos preços. A fórmula ajudou a segurar a inflação. O
presidente do Banco Central Carlos Langoni, na época recém-chegado do doutorado
na Universidade de Chicago, diz que o arrocho salarial afetou a desigualdade,
mas aponta outro fator determinante: a falta de educação.Hoje há um
reconhecimento generalizado sobre a melhora na distribuição de renda — conta
Fishlow. Como a economia acelerou seu crescimento, a demanda por mão de obra
começou a disparar. Só que a oferta de mão de obra qualificada era pouco
elástica, e a disparidade dos salários começou a aumentar, educação era fator
preponderante para explicar a piora na distribuição de renda. O salário dos 10%
mais ricos, que era 34 vezes maior que o dos 10% mais pobres, pulou para 40
vezes mais dez anos depois.
O povo da Bélgica e o povo da India. São duas realidades e uma Matrix. O problema da formação brasileira é esse. Migrantes Voluntários vs Involuntários + Nativos. A Matrix está de um lado, saber navegar nos dois e reconhecer as mentiras do brasil belga sobre o brasil índia. Estou dissociado da realidade quando estou na bélgica. Mas não ignoro os processos da India, tenho consciência do seus espírito da sua realidade material. Entender o brasil como condado belga tropical é fundamental para entender a situação material e espiritual na India.
ReplyDelete