Friday, March 7, 2014

Vou comparar o Brasil com um Shopping Center. Esse shopping começou a ser construído no governo FHC e foi consolidado no primeiro mandato do governo Lula. Desde 2008 com a crise mundial estamos ampliando e usando bastante o shopping. Infelizmente, estamos chegando num momento o shopping está saturando, não há produtos novos para se comprar e as pessoas estão precisando partir para um novo patamar. Talvez devêssemos fechar os Mcdonalds e começar a servir comida mais nutritiva mas o povão quer comer hambúrguer de minhoca, então os lojistas estão passando por um processo de exaustão e o país como um todo precisa de um surto de criatividade para mudar tanto a qualidade e assim possibilitar o crescimento tanto qualitativo como quantitativo da nossa economia. O shopping foi importante, mas agora não temos mais pra onde ir. Esse modelo de crescimento baseado em crédito-consumo está com os dias contados. E não sei quem vai ter peito político para muda-lo, acho que como diz a reportagem a Dilma já sabe e está avançando na concessão de serviços públicos ao setor privado. Mas não sei se meras concessões resolvem o problema estrutural que parece nos aguardar.

Brazil economy ends 2013 on an upbeat note, boosting Rousseff |


·         it still ended a string of disappointing economic news and allowed Brazil to finish 2013 with GDP growth twice as fast as Mexico, which in recent years has surpassed it as an investor favorite in the region

Sob a lógica do Mercado é natural o Brasil saturar. É como construir um shopping num lugar onde não tinha shopping, a medida que aquele shopping vai sendo amortizado/saturando os retornos vão ficando decrescentes. A onda de otimismo com o Brasil durou muito tempo, ou melhor, durou exatamente o período de recessão do capitalismo mundial de 2008 até hj com a possível recuperação no Euro e nos Esteites, o Japão ainda tá batalhando e fazendo Quantitative Easing.

É natural que a medida que economias que estavam fragilizadas, como a Mexicana seis anos depois de adormecidas para o investidor estrangeiro voltem a ser interessantes. Hj se fosse pra construir um shoppinzão o México é melhor que o Brasil. Assim como o Brasil tem sido melhor que México nos últimos anos. Mas as condições do México ultrapassar o Brasil em crescimento intuitivamente são óbvias. O  Brasil para continuar atrativo deverá fazer reformas mais profundas e apresentar um novo modelo que apresente novas possibilidades de crescimento. E na minha opinião é talvez precisemos de um choque de capitalismo sobretudo no estado, que deve CORTAR gastos e PROMOVER INVESTIMENTO.

·         Investment was aided by Rousseff's drive to privatize some roads and airports, plus strong domestic production of capital goods. Despite sour sentiment among financial investors, which caused Brazil'

Sim, acho que o governo já sabe a receita econômica para sobreviver politicamente. Acho que grande parte do PT está preparada para a mudança de paradigma de política econômica do país, o problema são as prostitutas da governabilidade. Melhorar os serviços públicos e reduzir gastos não será tarefa fácil. A classe burocrática, pelo que vejo aqui em BSB, é um fim em si mesma e por isso ineficiente. Temos que diminuir o gastos com advogados, economistas e tecnocratas em geral para gastar mais em saúde, educação e segurança. Qqr governo popular tem dificuldades em tirar privilégios da tecnocracia, talvez nesse caso específico, um governo com valores de direita como o de Aécio poderia ter mais força política para enfrentar a tecnocracia.

·         On the positive side, household spending expanded 0.7 percent in the fourth quarter compared to the third quarter, while government spending grew 0.8 percent. For the full year, agriculture grew 7 percent compared to 2012, thanks to record sugar cane, soy

Esse positive não é tão positive assim. Acho que é em virtude do velho modelo ptista de crescimento. Consumo e crédito para não enfrentar o problema da distribuição de renda. Mais um vez, o Brasil precisa enfrentar a questão da baixa produtividade e seu impacto no crescimento e na distribuição do produto. A desigualdade só pode ser mascarada e NÃO resolvida com crédito ao consumo. A solução é gerar RENDA para o CONSUMO. Para isso é preciso CRESCIMENTO COM DISTRIBUIÇÃO.

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