“O mundo vai na direção de um capitalismo patrimonialista,
com acumulação de renda ininterrupta enquanto persistir uma taxa de retorno
financeiro bem mais alta do que o crescimento da economia.”
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Nos últimos 30 anos,
os patrimônios mais elevados cresceram três vezes mais rápido que o tamanho da
economia mundial. É uma enorme concentração de capital. E pode chegar a um
nível tão mais elevado, comparado a hoje, que será ameaçador para o
funcionamento das instituições democráticas.
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Piketty desmonta a
tese de que o mundo desenvolvido vive numa meritocracia, um sistema em que
desigualdades ocorrem num contexto de prevalência da seleção por mérito e
dedicação ao trabalho, mais do que por influência de fatores relacionados a
filiação e renda.
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O mundo vai na
direção de um capitalismo patrimonialista, com acumulação de renda ininterrupta
enquanto persistir uma taxa de retorno financeiro bem ais alta do que o
crescimento da economia.
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Nos emergentes os
rendimentos mais altos vão continuar obtendo uma parte desproporcional do
crescimento da produção, mas enquanto continuarem crescendo bem pode-se atenuar
o aumento da desigualdade
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Os EUA não queriam
ser desiguais como a velha Europa. E criaram nos anos 1920-30 o imposto
progressivo sobre os altos rendimentos e sobre a herança, com um vigor
fortíssimo. Entre 1930 e 1980, a taxação superior sobre renda nos EUA era de
82%.
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Certos paises
emergentes aceitam um nível de inflação, o que tem pelo menos o mérito de
reduzir mecanicamente a dívida pública. Mas é claro que com inflação e, ao
mesmo tempo, taxa de juro alta, tampouco se resolve.
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