O homem de Camus já não é o encantado de Tomas de Aquino que cria uma moral a partir da certeza do divino. Muito pelo contrário, Darwin já tinha desmistificado o mito da Criação e Nietchze martelado qualquer sobra de Deus na Ciência. Ele não traz ilusões porém incentiva a coragem humana. Estabelece a crença na existência sem os paradigmas religiosos.
"É preciso contentar-se em descobrir, mas evitar explicar. Em arte só há uma coisa válida: a que não se pode explicar."
1, Don Juan,
2. Ator e
3. Conquistador.
Todos estes sujeitos estão a merce da derrota final, mas agem para se autoafirmarem.
No entanto, todos eles, homem absurdo ou não estão condicionados a tarefa da repetição.
O mito de Sísifo é a metáfora que abarca a problemática.
Vantagem de não se enganar:
"O homem absurdo, que pertence a tradição filosófica do bom pensar não se ilude e tem o fim como certo. Portanto ele se diferencia pois é consciente, logo absurdo."
1.Don Juan - Seduzir e e(x)SgoStar:
É ele quem extrai a melhor conclusão desse fato de que, um dia, tudo tem de morrer.
2.Interpretar e perecer nos diversos papéis:
Um ator tem sucesso ou não o tem. Um escritor mantém uma esperança mesmo se é desconhecido.
3.Conquistar ou Contemplar
Se escolho a ação, não pense que a contemplação me seja como uma terra desconhecida.
Segunda análise:
Será que a realização da plenitude e absurdo da vida exigem suicídio? Será que a realização do absurdo exige o suicídio? Camus responde: "Não. Exige revolta".
Grande parte da nossa vida é construída sobre a esperança do amanhã, do amanhã que nos aproxima da morte, e é o último inimigo; pessoas vivem como se elas não tivessem a certeza da morte.
O absurdo surge quando os humanos precisam entender a satisfação para irracionalidade do mundo, quando "o meu apetite para o absoluto e da unidade" complementa "a impossibilidade de reduzir o mundo a um princípio racional e razoável".
O absurdo nunca pode ser aceito: ele exige constante confronto e revolta.
A constatação do absurdo permite gozar de uma liberdade no que se refere às regras comuns.
A revolta, no que tange à constatação de que a vida é absurda, sem sentido; a liberdade, haja vista a nossa condição humana (estamos sós e escolhemos) e; a paixão, já que não se vive a vida de outro modo.
O Don Juan:
Não há um nobre amor, mas o que reconhece - tanto os efemêros quanto os duradouros
O Ator:
Retratar a vida efêmera da fama efémera.
O Conquistador
Ele escolhe a ação sobre a contemplação, consciente do fato de que nada pode durar e não é vitória final.
"Se o mundo fosse claro, a arte não existiria."
Analisa o trabalho de Fiódor Dostoiévski a partir da posição absurda, e os dois primeiros, a explorar o tema do suicídio filosófico. Especialmente Demônios e Os Irmãos Karamazov.
Sísifo, que desafiou os deuses e derrotou a Morte e é condenado a uma tarefa sem sentido, como o herói absurdo. Não obstante reconheça a falta de sentido, Sísifo continua executando sua tarefa diária.
O operário de hoje trabalha todos os dias em sua vida, faz as mesmas tarefas. Esse destino não é menos absurdo, mas é trágico quando apenas em raros momentos ele se torna consciente
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