Em 1907, e o banqueiro dominante naquele momento era John
Pierpont Morgan. Era, basicamente, o representante da City de Londres e da
banqueirada britânica em Wall Street. Convocou J. P. Morgan para consertar a
coisa: isso aconteceu em 1907, 22 anos antes docrash em 1929, onde o banco dele
novamente estava no centro. Morgan com certeza representava interesses
internacionais em relação aos financistas norte-americanos: era o mais
poderoso, o mais internacional dos banqueiros norte-americanos, mas era também
o mais profundamente preocupado com o crescimento do status dos EUA. Nos anos
1890s, um dos Morgans, J.S. Morgan ajudara a salvar financeiramente a City de
Londres, quando nem o Banco da Inglaterra conseguiria fazê-lo. Quem mais se
beneficiou do pânico de 1907 foi J. P. Morgan. Ele escolheu apoiar os bancos
que de algum modo estavam associados a ele, fossem dirigidos por amigos,
associados, relações pessoais suas, ou nos quais o próprio Morgan tivesse
interesses financeiros.
O grande beneficiário foi, mesmo, Morgan; a coisa ajudou-o a
ganhar confiança para movimentar o timão do barco do establishment, do que
viria a ser o Federal Reserve, que se tornou O BANCO dos grandes bancos. Esses
financistas, a nova liga do poder nos EUA, queria encontrar um meio para
promover o que chamo de “a era do capitalismo financeiro”; eu é que chamo
assim, não eles!
A ideia é que você hoje pode fabricar dinheiro de dinheiro,
diferente de o dinheiro ser necessariamente conectado a interesses industriais,
aço ou petróleo – embora os Rockefellers tenham feito quantidade considerável
de dinheiro e continuem a fazer, com empresas como a Standard Oil Company e
outras assemelhadas.
Mas eles, especialmente William Rockefeller, estavam
procurando um jeito de fazer dinheiro e de tornar-se parte de um dos “fundos de
dinheiro” os Morgan, os Aldrich e os Rockefellers, além de algumas outras
famílias que naquele momento operavam os ‘fundos de dinheiro. Apenas que toda
Wall Street estava criando o Fed
Nelson Aldrich, que, então, presidia a Comissão de Finanças
do Senado dos EUA, onde permaneceu por dois anos, reunindo informação e
viajando à Europa, onde esteve várias vezes para avaliar o quanto, do modo como
operavam os bancos na Inglaterra e na França.
Esse era o ímpeto para criar o Fed – ter uma entidade
consolidada que também criasse moeda e que pudesse apoiar os bancos e
banqueiros em tempos de pânico. A opinião pública não estava politicamente
envolvida de modo algum no modo como o Fed seria concebido, ok, mas a opinião
pública não é necessariamente ouvida em todas as decisões de Washington ou de
Wall Street; de fato, nunca é realmente ouvida no que tenha a ver com essas
relações de poder.
O Fed foi pensado para proteger as maiores – não por acaso
são também as mais poderosas, politicamente, socialmente e pessoalmente –
instituições interconectadas nos EUA
É a culminação, hoje, de mais de um século de “operação”.
Parte daquele “cofre” foi aberto e começa-se a conseguir ver os resultados.
Têm mais subsídios dados a eles pelo Federal Reserve do que
jamais tiveram antes, em tempo algum. Os bancos dos EUA precisam do Fed porque,
sem seus subsídios, já teriam falido várias vezes ao longo dos anos, e com
certeza ao longo de anos recentes. Desde o início do Fed, os bancos e
banqueiros, e o governo dos EUA, precisaram do Fed as filosofias dos membros da
elite política e financeira dos EUA alinham-se, todas, a serviço do Fed.
É útil ter uma
entidade para manter os juros, mas isso não é precisamente o que o Fed faz, como
seu principal “serviço”. O principal serviço do Fed é subsidiar um sistema
bancário falido; com o Fed fantasiado de sistema regulatório dos bancos e
protegendo a disponibilidade de crédito do país – sobre o qual, de fato, o Fed
não tem poder algum. Essa é uma das mentiras sob cuja proteção o Fed foi
criado, há cem anos.
O FED transformou-se em banco internacional de resgate de
bancos. Assim, quando o Fed decide proteger os grandes bancos norte-americanos,
tem de proteger também seus contrapartes que, dada a natureza globalizada de
toda a finança, inclui bancos europeus, bancos asiáticos, inclui basicamente
todas as contrapartes de todos os seis grandes bancos.
De fato, quando a guerra começou, e os EUA imediatamente
apareceram financiando franceses e britânicos, foi por causa do empurrão que o
país recebeu do Banco Morgan. E durante toda a guerra o mesmo Banco Morgan
financiou ou dirigiu o financiamento de 75% de todo o dinheiro e de todos os
investimentos privados que foram para o esforço norte-americano de guerra e
para os aliados dos EUA.
O Tratado de Versailles foi benéfico para o big banking de
Wall Street. Os banqueiros conseguiram empurrar o governo dos EUA a financiar
algumas reestruturações na Europa, pelas quais os grandes bancos conseguiram
“atropelar” vários negócios
No Crash de 1929 Não foi fator tão crucial como o Fed, hoje,
a empurrar dinheiro barato para dentro de Wall Street. Mas foi um dos fatores. os
movimentos do Fed podem ter exacerbado a intensidade da quebradeira, mas a
grande causa, na realidade, foram as manobras dos grandes bancos.
O secretário do Tesouro naquele momento, Andrew Mellon, era,
ele próprio, escroque conhecido:
milionário e industrialista, dirigia também um banco.ajudou durante a grande
depressão foi a Lei Glass-Steagall separou as atividades de pura especulação e
o dinheiro dos depositantes de Morgan para Rockefeller, que aconteceu durante e
depois da IIª Guerra Mundial presidente do Chase e amigo de FDR, pressionou na
direção de deixar de lado o Banco Morgan como financiador da guerra
Esses bancos, além do mais, tinham modelo diferente do
Morgan Bank: esses bancos usam dinheiro de pessoas individuais no empuxo para a
guerra e pediam às pessoas que abrissem contas em suas lojas e,
simultaneamente, que comprassem bônus de guerra.Wall Street seria o “fator” que
realmente decidiria quais os países que o Banco Mundial apoiaria.Seriam sempre
países capitalistas e, em tempos de Guerra Fria, países capitalistas obtêm
negócios melhores.Houve esse tipo de alinhamento mútuo quando os EUA decidiram
ampliar o próprio status de superpotência, politicamente e financeiramente,
depois da guerra.
O Banco Mundial e o FMI foram componentes, ou ferramentas,
nessa ampliação. Banqueiros norte-americanos tão destacados passaram a advogar
o fim do padrão ouro no final dos anos 1960s fim ao padrão ouro e à exigência
de que o ouro operasse como lastro de transações, especulações ou expansões,
então... ficaram liberados para todo um novo nível de expansão.
Por isso é que, hoje, preferem taxa de juros zero, dinheiro
barato, desde que tenham menos barreiras a impedir a atividade deles. É parte
do mesmo padrão e da mesma lógica de pôr fim ao padrão ouro: preferem o caminho
menos controlado para a especulação. Expansão global dos bancos
norte-americanos, que já havia começado depois das guerras, mas que acelerou
muito depois que o padrão ouro foi eliminado.
Acha que o ouro terá futuro no sistema monetário os bancos
norte-americanos, especificamente, têm poder demais Politicamente, por causa da
aliança deles com o governo dos EUA; e financeiramente, porque podem alavancar
muito capital barato sem qualquer lastro ouro. Batalha duríssima até que o ouro
retorne como exigência presente que dê alguma base para controlar a especulação
aliança político-financeira já constituída contra o ouro, nos EUA.
Um fator que sustentou o dólar norte-americano depois do
início dos anos 1970s foi a evidência de que o petróleo só era vendido em
dólares norte-americanos o dinheiro que saía em dólares dos lucros do petróleo
no Oriente Médio reciclaram como empréstimos para países latino-americanos onde
quiseram expandir-se.
A revolução de 1979
no Irã e como foi causada em parte por ação “autista”, de extremo egoísmo,
empreendida por David Rockefeller.Havia muita tensão em Washington em torno do
relacionamento entre David Rockefeller e o Xá do Irã antes da crise iraniana um
pagamento de juros do Banco Central do Irã O Banco Chase decidiu agir assim sem
consultar os emprestadores daquele específico negócio declararam insolvente o
banco iraniano.
o governo admite que esses grandes banqueiros e instituições
sempre se safem, façam o que fizerem, e os subsidia ao ponto extremo que
sabemos que faz. Esses bancos estão sendo artificialmente inflados, por causa
de subsídios, não por causa de alguma lucratividade inerente que houvesse
neles.
Os 4,2 trilhões de dólares de securities em seus livros,
graças a um nível épico de compra de papéis, além de insistir em política de
juros-zero já há seis anos, desde o início da crise de 2008 enquanto continuar
a haver muita subsidiarização e transparência zero no sistema bancário, o poder
financeiro dos EUA contra o mundo será mantido.
É modo péssimo de ter ou manter poder, mas acho que é o que
se vê hoje e continuaremos a ver. o forte alinhamento entre iniciativas mais
recentes de segurança nacional e a elite político-financeira
Cada vez mais concentração e consolidação nas mãos dos
maiores bancos a concentração de muito poder e capitais gigantescos continua recuperação
inventada sobre o lombo de taxas de juro zero e compra épica de papéis dos EUA
e mais todas as outras ‘medidas’ que estão em andamento por baixo dos panos segredos
por todos os lados, ganância, cobiça, ânsia de dinheiro e poder, mais e pior
que qualquer ambição. E, simultaneamente, transparência zero
E vivo muito melhor hoje, do que antes, quando era
banqueira. Vivo muito mais sossegada com minha própria consciência.
Depois, em All the Presidents’ Bankers, acompanhei a
movimentação desses seis ‘grandes: hoje novamente são seis grandes bancos, como
foram antes do crash de 1929. Seis bancos nos EUA controlavam praticamente
todos os mercados financeiros, e não só de uma perspectiva de riqueza e poder:
há também uma linha de política financeira que se pode traçar em torno de
banqueiros e presidentes, naqueles anos, como hoje.
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