
My rating: 4 of 5 stars
Borges escreve sobre o tempo e seus diversos labirintos.
A maioria dos contos envolvem reviravoltas do labirinto muldimensional que o tempo esconde. Poucos gênios tem o privlégio de narrar com denotação (citações acadêmicas) e conotação (metáforas, analogias) de forma tão refinada como é a arte literária de Borges.
O autor brinca com os limites da linguagem em sua tentativa de simbolizar o "Real" no conto "Tlon, Uqbar, Orbis Tertius" quando o autor encontra diversas enciclopédias que descrevem um país imaginário chamado de Uqbar em planeta imaginário chamdo Tlon. Em "Pierre Menard, Autor de Dom Quixote" narra-se a tentativa de um Pierre Menard, autor contemporâneo de reescrever um Dom Quixote Moderno, o mesmo autor acaba replicando cervantes na íntegra. Contos como as Ruinas Circulares que trata de sonhos, como a Loteria da Babilônia e Estudos sobre a obra de Hebert Quain, não prenderam muito minha atenção certamente merecerão uma leitura futura.
Retornar a Biblioteca de Babel é um exercício interessante, pois esse foi meu primeiro contato com Borges. "O Universo é uma enorme livraria com incontáveis livros em todas a linguas e com todo conhecimento" - o papel dos "BUSCADORES" é buscar constatemente pelo livro que é chave pare entender os outros livros enquanto os PURIFICADORES querem queimar os livros.
Em "Senderos de los Jardines que se birfucan" é o encontro replicante do algoz do algoz que mesmo após duas leituras acredito que não ainda resta um entendimento subliminar que não captei talvez até pelas limitações do meu espanhol...
Li pela quarta vez "Funes, o Memorioso", na primeira, ainda durante uma das semanas culturais da FACE da Rua Curitiba na oficina de fotografia do Maurilio Fotógrafo e depois com as dicussões com Marne Amancio consegui entender a analogia do Funes com um Diguerrote de uma camera fotográfica sem obturador, que capta todos detalhes de todos fenômenos.
Em o "Formato da Espada" Borges brinca com herói e vilão. Entre a transformação do romântico (idealista) em traidor (pragmático e realista) e o peso ético na psique do pragmático realista.
Em o "Tema do Traidor e do Herói" é uma interessante narrativa de como a realidade copia a ficção para que se promova a comoção e a revolução. Quem matou o líder Irlandes Fergus Kilpatrick? Shakespare.
A "Morte e a Bussola" narra a historia de um investigador que descobre se a quarta vítima num arranjo premeditado de 4 assassinatos.
As "Três Versões de Judas" o teólogo Nils Runeberg explica o enigma de Judas que o desenha como um Heroi por abraçado o inferno em nome da possibilidade de ressureição de cristo, lembra o heroi interpretado por Harvey Keitel em "A Última Tentação de Cristo". Tal como Saul que ficou cego quando descobriu Deus, Jesus estava falando demais em nome do nosso PAI e por isso deveria ser calado. Judas é o herói que calou Jesus e ao mesmo tempo o mandou para cruz para que ele ressurgisse como fantasma e desse a esperança do reino dos ceus a seus fiéis. Assim como todos que acessam a verdade do divino Nils Runeberg morre e desaparece com a VERDADE.
Em "El Sur" o personagem principal após quase morrer num hospital vai ao interior argentino e se depara com uma tola briga fatal com um gaucho. Depois da quase morte em hospital, o personagem abraça a morte casuística em uma briga de rua.
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