Tuesday, December 29, 2015

Voyage of the BeagleVoyage of the Beagle by Charles Darwin
My rating: 5 of 5 stars

Busquei inspiração para iniciar a leitura durante minhas férias em Arraial do Cabo, RJ onde o médico, biólogo, filósofo Charles Darwin passava no começo de sua circunavegação que durou cinco anos com o HMS Beagle.

Depois de uma parada frustrada que obrigou a tripulação a passar uma quarentena nas ilhas Canárias a viagem começa por uma passagem pelas ilha vulcânicas de Cabo Verde e Atol das Rocas e em seguida para Fernando de Noronha. Já no Rio o autor destaca a diversidade da vida e a luxúria dos trópicos. Em sua ida a Argentina e a Banda Oriental o autor destaca o primeiro contato com os gaúchos o índio criolo do pampas, seu domínio das bolas de caça e sua relação com o cavalo e o papel que esse animal tem na cultura desse povo. Ele destaca também o contexto da consolidação das disputas políticas do General Rosas. Durante a narrativa Darwin apesar de parecer um nerd de "apartamento" perto dos nativos é também um individuo corajoso que em nome da sua curiosidade científica sobe montanhas e atravessa planícies onde a disponibilidade de água é incerta e por onde passam índios selvagens. Depois de contornada toda região das planícies argentinas que por essa razão um dia já foram cobertas pelo mar Beagle ruma para a terra do fogo.

É marcante a descrição dos Fueguinos, aborígenes da Tierra del Fuego, que tal como os nativos da Austrália são nômades e vivem de forma precária nesta úmida e hostil região. É impactante a descrição que quando não suprimida a dieta deles cujo principal elemento seria gordura de focas as mulheres mais velhas eram sacrificadas para alimentar o grupo.

Já no chile, Darwin chega a Valparaiso de onde segue até Mendoza passando pela passagem de Portillo e em seguida por Uspallata descendo o Rio Mendoza. Na retorno ele descreve a região termal de Villa Vicencio, Puente del Inca e depois o "Cerro Aconcagua". Depois ele retorna e vai a Concepcion onde testemunha um terremoto e em direção a região do lagos uma erupção vulcanica que repercutiu ao longo de toda cadeia montanhosa dos Andes. Em Chiloé ele descreve a dificuldade de ocupar as umidas florestas de boa madeira e já fala do fervor religioso dos povos daquela regiao que ainda resistiam a independencia chilena da espanha, ele narra a ansiedade que bandeira inglesa do Beagle despertou em alguns residentes da ilha, que acreditavam que a espanha poderia estar em guerra com a Inglaterra. Conta como os espanhois aproveitavam da ignorancia do povo para induzir o povamento chiloe adentro por meio de incendio das igrejas de madeira. Ele descreve que embora ao sul de chiloe as condições relembrassem a Tierra del Fuego, essa região era mais arborizada talvez por conta dos ventos mais amenos.

Já em suas caminhadas ao norte do Chile, Darwin descreve os fortes ventos mesmo em dias sem nuvens ou precipitações chuvosas. Ele narra a historia de um comboio que foi desmantelado por uma tornados no meio do deserto. A pessoa ou morre pelo impacto da rajada ou agoniza por conta do frio causado pelo impacto do vento. Já em Callao ele destaca a diferença geológica entre esse porto e Lima sua Misty constante e ausência de chuva.

Em Galápagos ele ganha indícios para sua teoria da evolução a partir de insights de mutações com ratos vindos de navios e das variações entre os repteis e ausência de anfíbios nas ilhas. Depois de Galápagos o Beagle encara uma longa jornada de quase um mês pelo mar até o Taiti. As observação contemplativa da combinação de formações rochosas com mar tropical deixa Darwin deslumbrado. Mais que isso só amistosidade do povo do Taiti e de sua rainha gorda. De lá ele segue para a Nova Zelândia, onde ele destaca a diversidade botânica temperada e tropical a fertilidade do solo para algumas plantações de origem europeia e fala com escárnio dos Maoris, apesar de primos dos dóceis taitianos, eram como porcos (nunca tomam banho ou lavam uma roupa) pouco afáveis e adotavam o trabalho escravo. Dessa maneira, ele imagina que o papel civilizador dos missionários pode ser benéfico.

Daí ele parte para Austrália, ele também destaca a biodiversidade e para minha decepção apenas menciona o caráter "ambíguo" do ornitorrinco. O que chama atenção é sua perspicaz sensibilidade a respeito da questão dos aborígenes que são nômades vagando por um país em construção e que observam como ciganos uma civilização sendo implantada em suas terras e não tem a consciencia (talvez por serem selvagens demais) o impacto que essa migração terá no ambiente de onde coletam suas calorias garantir sua subsistência.

Finalmente, nos corais circulares meio do oceano pacifico e índico. Segundo ele esses seriam ilhas afundadas e portanto possuem esse formato. Sua inferencia é que enquanto sobem os continentes como ocorreu com a patagonia algumas areas se submergiram ao longo do tempo.

Depois disso com a passagem pelas ilhas Mauricio, Cape Town e sua passagem por Salvador e em seguida Pernambuco onde ele passa ao atravessar o rio Capiberibe em direção a Olinda ele tem uma odiosa experiencia com a falta de educação da terra dos "brazilians". Segundo ele, uma pessoa grosseiramente o expulsou de um quintal que atravessava para alcançar uma montanha. Ele diz não se surprender que isso tenha ocorrido na terra dos brazilians, pessoas pela qual ele não guarda nenhum "good will" nenhum povo seria tão odioso ao longo dos cinco anos como os brazilians terra de escravidão de decadência moral.













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