Thursday, July 17, 2014

Smith X Keynes

Hoje, em um mundo marcado por companhias multinacionais de caráter oligopólico e o domínio dos mercados por parte de umas poucas empresas que determinam a produção e os preços, captando para si a maior parte do excedente gerado pela acumulação do capita.
A compreensão desse contexto exige assimilação da teleologia das ideias de dois dos maiores economistas: Smith e Keynes, para entende-los deve-se levar em conta que: 

1. As razões dos êxitos que os acompanhou estão vinculadas com seus acertos em decifrar e entender as tendências e fenômenos históricos predominantes.

2.Entenderam a ciência econômica como fazendo parte de saberes mais amplos que permitiam uma compreensão das sociedades de seu tempo e da natureza dos indivíduos que as constituíam.

3.Ambos concebiam o capitalismo como um sistema uma fase no desenvolvimento histórico da humanidade.


Adam Smith, a emergência de um modelo capitalista de desenvolvimento na Europa do século XVIII, marcado pela Revolução Industrial no plano econômico e por mudanças políticas que destruíram ou restringiram privilégios das monarquias absolutas.


Lógica e Filosofia Moral, na Universidade de Glasgow com ênfase em teorias sobre o direito, a moral e o Estado. Para ele as concepções éticas onde o egoísmo domina a esfera econômica enquanto que o altruísmo funda as bases da vida social. Assim, Adam Smith viu a economia como um todo orgânico, natural que, por meio do mercado, tende a um equilíbrio.

Em “A Riqueza das Nações”, destaca-se a preocupação de Smith com as políticas mercantilistas que caracterizavam os monopólios coloniais. O livre comércio era uma condição necessária para o florescimento da competição, dos baixos preços e da expansão dos mercados o que derivaria em uma maior riqueza das nações.Com isso, a divisão do trabalho, principal motor do incremento das forças produtivas O poder de compra do mercado dependeria da ampliação da produção e das receitas que isso geraria.

Adam Smith não representa, no entanto, completamente, a teoria ortodoxa atual que se impôs nos anos do neoliberalismo. O livre comércio supunha a competição de muitos capitalistas em resposta ao controle monopolista do comércio por parte de certas corporações privadas e estatais.

Keynes não era viciado nos modelos econométricos que só podiam apreender aspectos limitados da realidade todo economista deveria para Keynes matemático, historiador, homem político e filósofo. Para ele nenhum pacto poderia conferir direitos perpétuos aos proprietários.


Viveu a época do declínio e da primeira grande crise do capitalismo, que não começou, como assinala ele próprio em seus Ensaios de Persuasão (1931), com a queda da Bolsa de Wall Street em 1929, mas sim antes, no primeiro pós-guerra, através de sintomas sobre os quais advertiu precocemente, como o fim do padrão ouro e os desequilíbrios crescentes do sistema econômico internacional.

Teoria Geral” (1936) o aumento das receitas pode não resultar em um crescimento similar do consumo pois a insuficiência nos níveis de consumo e investimento, que não cobrem a oferta existente, traz graves consequências sobre o produto e o emprego, originando as crises.

Sugeriu o problema moral que a teoria do livre mercado e defendia a regulação do sistema econômico.O Estado deve garantir o pleno emprego: aumentando o gasto público, reformando o sistema fiscal, melhorando a distribuição de renda e regulando o comércio exterior.

As políticas keynesianas tampouco significam que a intervenção do Estado consista no resgate daqueles setores, empresas e bancos, que provocaram a crise atual e o posterior ajuste das receitas da maior parte da população.

No comments:

Post a Comment