Hoje, em um mundo marcado por
companhias multinacionais de caráter oligopólico e o domínio dos mercados por
parte de umas poucas empresas que determinam a produção e os preços, captando
para si a maior parte do excedente gerado pela acumulação do capita.
A compreensão desse contexto
exige assimilação da teleologia das ideias de dois dos maiores economistas:
Smith e Keynes, para entende-los deve-se levar em conta que:
1. As razões dos êxitos que os acompanhou estão vinculadas com seus acertos em decifrar e entender as tendências e fenômenos históricos predominantes.
2.Entenderam a ciência econômica como fazendo parte de saberes mais amplos que permitiam uma compreensão das sociedades de seu tempo e da natureza dos indivíduos que as constituíam.
3.Ambos concebiam o capitalismo como um sistema uma fase no desenvolvimento histórico da humanidade.
Adam Smith, a emergência de um modelo capitalista de desenvolvimento na Europa do século XVIII, marcado pela Revolução Industrial no plano econômico e por mudanças políticas que destruíram ou restringiram privilégios das monarquias absolutas.
Lógica e Filosofia Moral,
na Universidade de Glasgow com ênfase em teorias sobre o direito, a moral e o
Estado. Para ele as concepções éticas onde o egoísmo domina a esfera econômica
enquanto que o altruísmo funda as bases da vida social. Assim, Adam Smith viu a
economia como um todo orgânico, natural que, por meio do mercado, tende a um
equilíbrio.
Em “A Riqueza das Nações”,
destaca-se a preocupação de Smith com as políticas mercantilistas que
caracterizavam os monopólios coloniais. O livre comércio era uma condição
necessária para o florescimento da competição, dos baixos preços e da expansão
dos mercados o que derivaria em uma maior riqueza das nações.Com isso, a
divisão do trabalho, principal motor do incremento das forças produtivas
O poder de compra do mercado dependeria da ampliação da produção e das receitas
que isso geraria.
Adam Smith não representa,
no entanto, completamente, a teoria ortodoxa atual que se impôs nos anos do
neoliberalismo. O livre comércio supunha a competição de muitos capitalistas em
resposta ao controle monopolista do comércio por parte de certas corporações
privadas e estatais.
Keynes não era viciado nos modelos econométricos que só podiam apreender aspectos limitados da realidade todo economista deveria para Keynes matemático, historiador, homem político e filósofo. Para ele nenhum pacto poderia conferir direitos perpétuos aos proprietários.
Viveu a época do declínio
e da primeira grande crise do capitalismo, que não começou, como assinala ele
próprio em seus Ensaios de Persuasão (1931), com a queda da Bolsa de
Wall Street em 1929, mas sim antes, no primeiro pós-guerra, através de sintomas
sobre os quais advertiu precocemente, como o fim do padrão ouro e os
desequilíbrios crescentes do sistema econômico internacional.
Teoria Geral” (1936) o aumento
das receitas pode não resultar em um crescimento similar do
consumo pois a insuficiência nos níveis de consumo e investimento, que não
cobrem a oferta existente, traz graves consequências sobre o produto e o
emprego, originando as crises.
Sugeriu o problema moral
que a teoria do livre mercado e defendia a regulação do sistema econômico.O
Estado deve garantir o pleno emprego: aumentando o gasto público, reformando o
sistema fiscal, melhorando a distribuição de renda e regulando o comércio
exterior.
As políticas keynesianas
tampouco significam que a intervenção do Estado consista no resgate daqueles
setores, empresas e bancos, que provocaram a crise atual e o posterior ajuste
das receitas da maior parte da população.
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