No
final de 2015, o Fundo Monetário Internacional realizará sua revisão quinquenal
de cesta de moedas que seus membros contam como referência para composição de
suas reservas internacionais oficiais. Em maio próximo, o FMI iniciará
discussões sobre a possibilidade de adicionar os Renminbi às quatro moedas que ele usa para compor seus
Direito Especiais de Saques (DES).

Entretanto,
segundo o Financial Times, o Renminbi ainda não é uma moeda conversível – pré-requisito
padrão de moeda de reserva. Mesmo assim, o Renminbi é a segunda moeda mais
utilizada no financiamento do comércio internacional devido à participação das
exportações globais da China que continuam a crescer,
desde quando se tornou a maior economia exportadora do mundo, em 2007. Além
disso, o CNY ultrapassou recentemente o dólar canadense, tornando-se a quinta
moeda mais negociada no mundo.

Se
o Renminbi se juntar a cesta DES, por definição, tornar-se-ia uma moeda de
reserva. Os bancos centrais, com isso, poderiam acumular o Renminbi sem
acarretar reduções em seus volumes de reservas (o Renminbi passaria a fazer
parte das opções de acúmulo de reservas), assim como arranjos de Swaps em
Renminbi poderiam ser somados às reservas disponíveis dos países.
Isso
implicaria mudanças na ordem financeira mundial e poderia impulsionar a criação
de uma zona de Renminbi para equilibrar a zona de dólares que tem dominado o
sistema financeiro global desde o fim da segunda guerra. Isso não apenas
reduziria os custos de financiamento para as empresas chinesas, mas ajudá-las-ia
a expandirem-se no exterior, contribuindo
ainda mais para a criação de uma ordem financeira Sinocêntrica.
+ Informações:
A
Samsung Electronics delineou planos para iniciar negociação do Renminbi na
Coréia do Sul na liquidação de operações com suas filiais na China, em uma
aposta para aproveitar as oportunidades de uma internacionalização da moeda da
China. Esta iniciativa ajuda a promover Seul como um centro de negociação off-shore do Renminbi, acompanhando
movimentos semelhantes para Hong Kong, Londres, Frankfurt e Cingapura.
Impulsionado em grande parte pelos bancos sul-coreanos e chineses que oferecem
produtos de alto rendimento, depósitos denominados em Renmenbi na Coreia
cresceram de $80 milhões, em 2012, para $18,6 bilhões, em fevereiro de 2015,
embora apenas 1,7% do comércio entre os dois países seja liquidado na moeda
chinesa. Apesar da enorme competitividade de centros como Hong Kong, Seul
espera que os investidores estrangeiros sejam atraídos para o seu mercado de
Renminbi na medida em que ele ganha liquidez.
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