é fundamental que o país estimule os setores da indústria que fabricam manufaturados e produtos intensivos em tecnologia, para não se tornar excessivamente dependente da exportação de commodities
Holland, ressaltando, contudo, que a perda de espaço da indústria de transformação na economia não se deve apenas ao real forte - problemas de educação, do baixo investimento em pesquisa e desenvolvimento e a deficiência da infraestrutura também atrapalham.
Mineiro, formado pela Universidade Federal de Uberlândia, Holland tem mestrado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), doutorado pela Unicamp e pós-doutorado pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos EUA.
Não podemos perpetuar essa discussão centrada em Copom, metas de inflação e taxas de juros.
Precisamos discutir se queremos continuar crescendo como uma economia primária exportadora
Se você estudar os países mais e menos vulneráveis a choques internacionais, verá que os menos sujeitos a eles têm menor concentração de exportações. As exportações de commodities são importantes e muito bem vindas, mas os preços são mais voláteis que os preços de manufaturados.
Eu prefiro não falar em ajuste fiscal, mas sim na questão da qualidade dos gastos. É importante avançar nesse sentido, de avaliar a qualidade da gestão pública.
A participação da indústria de transformação no valor adicionado está em queda no Brasil. Ao mesmo tempo, com o desenvolvimento e a urbanização, é natural o aumento da participação do setor de serviços.
A concertação da política econômica é um grande desafio. É um passo a mais importante que precisa ser dado. É fundamental um maior diálogo entre os gestores da política fiscal e da política monetária.
Eu sou um desenvolvimentista fiscalista, se é que isso existe A economia tem ser tratada sem princípios previamente estabelecidos. Eu digo que sou desenvolvimentista porque não consigo imaginar deixar o Brasil crescer menos que 5% ao ano. Temos que ter criatividade para conseguir isso.
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